quarta-feira, 26 de março de 2014

Dendrobiuns diversos





 
 

A matéria abaixo foi capturada no site da Sociedade Brasileira de Orquídeas, por ser um maravilhoso trabalho publico aqui para vocês.

disponível em http://sborquidea.wordpress.com/2010/02/11/cultivo-de-algumas-especies-de-dendrobium-2/

CULTIVO DE ALGUMAS ESPÉCIES DE DENDROBIUM


Observações pessoais de Siegfried Preiskorn e tradução resumida de um artigo de Jan den Held e Tinus Strick, publicado na revista Journal für den Ochideenfreund, vol. 2, 2º trimestre de 2004
 1- Introdução geral
Os Dendrobium são um gênero de orquídeas com muitas espécies originárias de uma extensa região, desde o sul da China, Índia, até a Malásia, Indonésia, Filipinas, Nova Guiné, diversas ilhas do Pacífico e a Austrália.
Só pelo imenso território de onde este gênero vem, dá para perceber que há uma extensa gama de condições ecológicas diferentes para as espécies de Dendrobium que conhecemos.
Os autores do artigo abaixo descrito tentaram agrupar os Dendrobium mais freqüentemente cultivados para nós, colecionadores, termos mais sucesso na sua cultura.
 2- Introdução dos autores
De um modo geral, pode-se dividir os Dendrobium em 3 grupos de condições de cultivo:
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Para estas descrições gerais serão abordados os seguintes temas:
- Clima no seu local de origem
- Temperaturas e luminosidade
- Água e ventilação
- Tipo de vaso, substrato e adubação.
3- Condições gerais de cultivo
Os autores dividiram os Dendrobium em grupos, de acordo com a sua origem:
Tabela 1Regiões de origem das espécies de Dendrobium
LetraRegião
NParte norte do sudoeste asiático: Índia, Sri Lanka, Nepal, Burma, Tailandia, Laos, Cambodja, sul da China 
ZParte sul do sudoeste asiático: Malásia, Indonésia (Java, Borneo, Sumatra, Bali)
PFilipinas
GNova Guiné e ilhas do Pacífico
AAustrália
A existência de um período de estiagem na região de origem é de extrema importância.
Tabela 2: Tempos chuvosos e de estiagem nas regiões da tabela 1.  
mêsjanfevmarabrmaijunjulagosetoutnovdez
N0000//////////////////00
N, sul da China oo///////////////////////////o
P0000////////////////////////
Z//////oo///oooo/////////
G////////////////////////////////////
A, norte //////////////////oooo//////
A, sul oo/////////////////////ooo
Legenda: O: Estiagem - o: Leve estiagem -  ///: Período de chuvas
Desta tabela chegamos à conclusão que só o norte do Sudoeste Asiático e as Filipinas possuem uma efetiva estiagem. Em outras regiões esta não é tão evidente. Na Nova Guiné chega-se a dizer que há um período mais chuvoso e outro menos chuvoso.
4- Resumo por grupos
4.1- Grupo 1 – Fresco a temperado, com fase de repouso definida.
Clima: As plantas deste grupo vem de regiões com uma estação chuvosa e uma de estiagem. Na época de chuvas a temperaturas médias oscilam por volta de 25°C, ao nível do mar e nas montanhas us 20°C. O início da estiagem é mais fresco (23°C e 15°C, respectivamente) subindo na metade deste período para 25°C a 28°C. Com a queda da folhagem das árvores, as plantas acabam ficando a pleno sol. Freqüentemente formam-se neblinas noturnas, subindo a umidade a uns 60%. Na época se chuvas sobe a 70 – 80%. Algumas regiões como as montanhosas das Filipinas, parte sul do sudoeste da Ásia e Austrália não são tão quentes como a região N.
Temperatura e luminosidade: Na tabela abaixo estão as temperaturas de crescimento das plantas.
 Temperatura em °C  Março a setembro
     Dia       Noite
    Outubro a fevereiro
 Dia                Noite
Clima fresco16 – 3510 – 1510 – 2010 – 13
Clima + temperado22 – 3515 – 1813 – 2013 – 15
Para algumas espécies, uma temperatura mais baixa na 1ª parte da estiagem está ligada ao período de repouso, essencial para a formação de botões florais; já para outras uma estiagem já é suficiente. Aqui ainda há muita controvérsia. Na dúvida, pode-se optar por uma 1ª fase fresca para o repouso. Algumas espécies (D. nobile, D. aphyllum (pierardii), D. primulinum e eventuais outras) reagem bem a este choque frio. Neste período não devem receber água.
Na fase de crescimento os Dendrobium necessitam bastante luminosidade ou muita luz, para florir. Entende-se por muita luminosidade algo por volta de 20 000 a 35 000 Lux. Isto corresponde à sombra de uma árvore onde apareçam “manchas” de luz solar no solo ou o sol pleno até umas 2 horas depois de nascer. Muita luz corresponde de 35 000 a 50 000 Lux ou um sombreamento de 50 a 0%. Estes valores são relativos; dependem da ventilação, proximidade de paredes de casas, dentro ou fora das cidades, umidade ambiente local e outros mais. Aqui vale a experiência de cada orquidófilo. Um leve vento ou movimentação do ar diminuem o risco de queimar as folhas e favorecem a sua rápida secagem. Espécies como o D. chrysotoxum, D. kingianum, D. nobile, D. speciosum, D. vitoriae-reginae, quando cultivados fora de estufa, são os que melhores resultados mostram. Entretanto, neste caso, recomenda-se plantar em vasos. Sabe-se que espécies australianas necessitam muita luz mas também crescem bem em temperaturas mais baixas. Recomenda-se colocá-las em um lugar claro.
Água e luz: O ideal é, que na fase de crescimento, as plantas recebam bastante água todos os dias mas, que no final da tarde, elas estejam novamente bem secas. As raízes, antes de receber uma nova porção de água, devem estar completamente enxutas. Em caso de dúvidas, é melhor esperar mais um dia. A ventilação e a umidade do ar tem uma enorme influência sobre as regas. A vantagem de manter as plantas fora da estufa é mantê-las mais próximas das suas condições naturais.
Quanto à fase de repouso vegetativo, fazemos distinção entre as espécies com uma nítida fase de repouso (designadas com R) e as que pedem uma pequena fase de repouso (r). Quando se inicia a fase de repouso vegetativo? Observe os pseudobulbos: se eles estiverem desenvolvidos começa a fase de repouso. Isto pode variar por espécie ou mesmo dentro da espécie. Geralmente ela se dá entre o fim do verão e o outono. Molhamos as plantas da região N os primeiros 3 meses do seu repouso, de modo que elas sequem bem em 1 semana. Isto pode ser a cada 2 ou 3 semanas, dependendo da circulação do ar e da umidade ambiente. Também pode-se restringir as regas à uma pulverização. A maioria das plantas nesta fase não tolera raízes molhadas, principalmente em dias frios. Em pleno inverno elas não recebem nenhuma água mas lhes proporcionamos uma boa umidade relativa. Em dias ensolarados pulveriza-se levemente as plantas para que elas não sequem muito.  Os pseudobulbos podem murchar um pouco. Plantas de pequeno período de repouso como as do sul da China, Austrália, e das montanhas do sudoeste da Ásia (Z), das Filipinas, Nova Guiné e também algumas espécies da região N, devem ser molhadas ou pulverizadas de modo que elas não sequem totalmente (exceto por alguns dias).
Quando se reconhece o reinício da fase de crescimento? Geralmente com o aparecimento de novos brotos. Quando isto sucede deve dar à planta uma atmosfera úmida como, por exemplo, colocar o vaso sobre uma cama de seixos molhados ou pulverizá-la um pouco. Quando se nota o início de crescimento das raízes pode-se iniciar cuidadosamente a rega, somente o suficiente para umedecer o substrato, sem encharcá-lo. Quando as raízes estiverem bem desenvolvidas dar bastante água. Certas espécies com o D. betullatum e D. infundibulum só iniciam a formação de raízes quando os brotos novos alcançam de 5 a 10 cm. Por esta razão só regar estas espécies quando os brotos tiverem um bom comprimento e já houver formação de raízes.
Umidade do ar: Deve ser de 70 a 80% na fase de crescimento deste grupo e no inverno a 50 – 60%. Muitas espécies não aceitam, na fase de crescimento, umidades de 50 a 60%.
Circulação de ar: Importante para os Dendrobium. (No caso de estufa) coloque as plantas próximas do ventilador na potência máxima.
Vasos, substrato e adubos: Para os Dendrobium é muito importante que, na fase de crescimento, o substrato seque o mais rápido possível. Além de uma boa circulação de ar recomenda-se usar vasos pequenos. Como referência, para o D. nobile, calculam-se 3 cm de diâmetro para cada haste de planta com folhas. Uma planta com 3 hastes sem e 2 com folhas, deve ser plantada em vasos de 6 cm de diâmetro. A estabilidade destes vasos pequenos pode ser melhorada colocando- os em vasos maiores vazios. Para uma secagem rápida deve se escolher um substrato grosseiro e de rápida drenagem. Exemplos, cascas de árvores com um pequeno acréscimo de material que retenha umidade. Muitos cultivadores usam vasos de barro. Também pode-se usar placas de xaxim ou cascas ou ainda cultivá-los em caixas. A umidade relativa deve ser alta e pode ser necessário mergulhar as plantas ou pulverizá-las freqüentemente. Espécies que se cultivam penduradas (D. pierardii) não devem ser plantadas sobre placas. Deve-se trocar os vasos o menos possível. Se for necessária poupar as raízes o máximo possível. Eliminar todo o substrato velho. Só se aduba durante a fase de crescimento, depois disto pode-se molhar bastante.
 Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima: A maioria dos Dendrobium de climas mais quentes vem da Nova Guiné, Filipinas, norte da Austrália e norte do sudoeste da Ásia. O clima das Filipinas e do norte da Austrália se caracteriza por ter uma estiagem enquanto que em outras regiões há umidade e chuva o ano todo.
Assim, na Nova Guiné, estiagens prolongadas raras e quando ocorrem, levam à mortalidade de muitas orquídeas. Isto não quer dizer que as espécies deste grupo não tolerem nenhum período seco. A maioria cresce como epífitas em árvores altas ou são rupestres sobre rochas úmidas onde, uma parte do dia ou mesmo em alguns dias, estão submetidas à seca. Durante todo o ano a temperatura média está acima de 25°C.   
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo
Temperatura, em °CPeríodo de crescimentoPeríodo de repouso
 DiaNoiteDiaNoite
Clima quente25 – 3518 – 2018 – 2518 – 20
Água e ventilação: Em princípio vale o mesmo que já foi descrito para o grupo 1. Uma grande diferença está na água que permanece nas axilas das folhas novas, que pode levar rapidamente a sua podridão. Se possível não as molhe e melhore a ventilação. A maioria destas espécies não possui um período de repouso definido. (nota do tradutor: os autores querem deixar claro que, em épocas de menor luminosidade e temperatura mais baixas como no inverno europeu, devido à redução do metabolismo da planta, aumenta em muito a sensibilidade ao excesso de água, principalmente sobre as folhas e no substrato. Nós, no sudoeste do Brasil, talvez também tenhamos que levar isto em conta, mesmo que em menor escala!). Uma forma de contornar o problema é reduzir as regas a um mínimo, apenas para garantir o seu desenvolvimento, também mais lento e para evitar que os seus pseudobulbos enruguem demais. Em geral pode ser necessário proporcionar à planta um pequeno período de repouso. Na tabela de espécies que se seguem, muitas, marcadas com *, exigem uma alta umidade o ano todo.
Vasos, substrato e adubos: Vale o mesmo que para o grupo 1.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima:  As espécies deste pequeno grupo provem de regiões montanhosas da Indonésia, Malásia, das Filipinas, e Nova Guiné. Só há uma curta ou quase nenhuma estiagem e as plantas desta região crescem sobre uma camada de musgo vivo, sobre as árvores das montanhas. Por esta razão são muito sensíveis à seca.
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo
Temperatura, em °CPeríodo de crescimentoPeríodo de repouso
 DiaNoiteDiaNoite
Clima fresco16 – 2010 – 1510 – 2010 – 13
Clima + temperado22 – 2715 – 1813 – 2013 – 15
Algumas das espécies deste grupo, como o D. cuthbersonii, necessitam muita luminosidade porém condições frescas. Neste caso, quando a temperatura passar dos 22°C, deve-se colocar estas plantas na sombra.
Água e ventilação: Os Dendrobium deste grupo crescem durante o ano todo. Exigem uma umidade constante e elevada de 75% ou mais e necessitam um substrato úmido porém não encharcado. Além disto necessitam muito ar fresco. Um ventilador de alta potência pode resolver este problema. O D. vitoriae-reginae pode, na época quente do ano, ao ser mantido ao ar livre.
Vasos, substrato e adubos: Estas espécies sempre devem estar úmidas porém sem excesso de água. Elas devem estar em um vaso com cascas não muito grossas (0,6 a 1,2 cm), misturadas com um pouco de sphagnum. No caso do D. cuthbersonii houve sucesso com um cm de uma camada superficial de sphagnum vivo. Para que o sphagnum não cresça demais, cobrindo a planta, ele é aparado uma vez por ano. Uma outra possibilidade é plantar sobre uma casca ou uma placa de xaxim e colocar um pouco de sphagnum pos debaixo. Um bloco destes deve ser pulverizado o ano todo.     
5-Resumo por espécie:
Nas tabelas abaixo estão resumidas as condições ideais por espécie de cada grupo:
Legenda das tabelas abaixo
 TemperaturaKFresca            (10°C)*
TTemperada     (13°C)* (Clima mais temperado)
WQuente          ( 18°C)*  (Clima quente)                                                                    * Os números entre parênteses são as médias das temperaturas mínimas no inverno e à noite. Na coluna ‘Observações’ aparece novamente a temperatura mínima no inverno que, neste caso, significa a temperatura mais baixa que pode ocorrer de vez em quando.
Repouso vegetativo e umidade relativaRepouso vegetativo e umidade relativa (continuação)RRepouso vegetativo definido (Pouca água nos primeiros 3 meses, e nenhuma água nos últimos 2 meses)
rRepouso vegetativo definido porém curto (Pouca água, deixar secar bem entre as regas, mas não deixar secar completamente)
OSem repouso vegetativo (dar pouca água durante o período de crescimento e não adubar)
*Umidade alta durante todo o ano (75% ou mais)
 Luz++Muita luz (Se cultivada fora de estufa, a pleno sol)
+Bastante luz (Algumas horas da manhã e da tarde a pleno sol. No meio do dia sombreamento parcial)
 OrigemNParte norte do sudoeste asiático (Índia, Indochina, China)
ZParte sul do sudoeste asiático (Malásia, Indonésia)
PFilipinas
GNova Guiné
AAustrália
Obs. do tradutor: Nas tabelas seguintes foram suprimidas algumas informações do original que somente são relevantes para regiões onde o inverno exige uma estufa ou os dados do original se referem ao hemisfério norte.
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
acinaciformeKTR+Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
aduncumKTR+Mínima de inverno 7°C, repouso frescoN
aemulumKTR++Mínima de inverno 7°C, repouso fresco, não deixar muito tempo seca. Bastante ventilaçãoA
aggregatum   Ver lindleyi 
amoenumTR+Mínima de inverno 5°C, repouso fresco, não deixar muito tempo seca.N
aphroditeKTr+Não expor ao sol forte, não deixar muito tempo seca.N
 aphyllum (pierardii) KT R +Pendurada; Na fase de crescimento conservar em lugar quente, no final colocar em lugar mais fresco. O período de repouso dura até que os botões estejam bem desenvolvidos e iniciar as regas quando as hastes já tiverem alguns centímetros N
bellatulumKTR++Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
bensoniaeKTR+Pendurada; Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
brymerianumKTR+Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
Cacatua (tetragonum, var.giganteum)KTr+Pendurada, bastante ventilação, mínima de inverno 10°CA
 capillipes T R ++Bastante ventilação, mínima de inverno 10°C, repouso fresco. Não deixar secar completamente nesta fase. Planta complicada. N
christyanum (margaritaceum)KTR++Evitar sol direto, repouso fresco, mínima de inverno 2°CN
chrysotoxumKTR+Repouso fresco com muita luz; Não deixar os bulbos enrugarem muito nesta fase.N
crepidatumKTR++Pendurada, bastante ventilação, mínima de inverno 2°CN
chrystallinumKTr+Pendurada, mínima de inverno 2°CN
 cucumerinum K r +Mínima de inverno 2°C, exige uma boa ventilação, não deixar, por um tempo prolongado, gotas sobre a planta na fase de repouso. Prender a planta sobre uma casca, com as folhas para baixo e não mexer muito. A
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
delacouriiKTR++Ventilação intensa, repouso frescoN
densiflorumKTR+Necessita um tempo de repouso maior; freqüentemente começa a crescer tarde mas depois o faz rapidamenteN
devonianumKTR+Pendurada, repouso fresco, muito atacado por ácaros, mínima de inverno 2°CN
dichaeoidesKTr+PenduradaG
dixanthumKTR++Pendurada, ventilação intensaN
draconisK(T)R++Ventilação intensaN
eriiflorumKTR+Mínima de inverno 5°CN
exileKTR++Ventilação intensaN
fairfaxii (teretifolium var fairfaxii)Kr+Pendurada, ventilação intensa, mínima de inverno 2°CA
falconeriKTR++Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
falcorostrumKr++Mínima de inverno 2°C, ventilação intensaA
farmeriKTr+Necessita um tempo de repouso maior até a floração. Mínima de inverno 6°CN
fimbriatumKTr++Mínima de inverno 6°CN
formosumKR++Mínima de inverno 6°CN
hasseltiiTr+Não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repousoZ
hercoglossumTr+ N
heterocarpum (aureum)KTR++ NZP
infundibulumKTR++ N
jenkinsiiKR++Fase de repouso fresca, com muita luzN
 kingianum KT R ++Ventilação intensa; No outono (e inverno), colocar em um local claro, seco e coberto. Pouca ou nenhuma água. Mínima de inverno 2°C A
lawesiiTr+Mínima de inverno 10°C; não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repouso 
lichenastrumKTr++ A
lindley (aggregatum)KTR++Fase de repouso fresca, com muita luz; Reiniciar as regas quando as hastes florais tiverem 3 cm.N
linguifrmeKTr++Fase de repouso frescaA
loddigesiiKTr+Fase de repouso fresca, com muita umidadeN
 longicornu KT r+/++Ventilação intensa; rebrotamento tardio, muita luz no inverno; repouso de inverno fresco. Mínima de inverno 2°C N
malvicolorKTr+Não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repousoZ
moniliformeKTr++Mínima de inverno 2°CChina, Japão, Koreia
moschatumKTR++Pendurada; mínima de inverno 6°CN
nobileKTR++Ao ar livre, em pleno sol; mínima de inverno 6°CN
parishiiKT(W)R+Ventilação intensa; Fase de repouso frescaN
pendulum (crassinode)TR++Pendurada; Ventilação intensaN
pierardii   Ver aphyllum 
polysemaT(W)r+ G
primulinumKTR++Pendurada; mínima de inverno 2°CN
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
pugioniformeKTr+Ventilação intensa; mínima de inverno 2°CA
pulchellumKTR++Ventilação intensaN
scabrilingueKTR++Repouso frescoN
schoeninumKTr++Umidade alta no invernoA
senileTr++Ventilação intensa; repouso fresco, com muita luz no inverno; Mínima de inverno 5°CN
setifoliumKTr++ Z
speciosumvar. speciosum
var. grandiflorum
var. hillii
 KT r ++Ventilação intensa; repouso fresco, com muita luz; mínima de inverno 2°C; reiniciar as regas quando os brotos novos tiverem 10 cm. A
striolatumKTr++Mínima de inverno 2°CA
teretifolium, v. tb. fairfaxiiKTr+Pendurada; ventilação intensa; mínima de inverno 2°CA
tetragonumKTr+Pendurada; cuidado com podridão de raízes ao usar cascas que se encharcam facilmenteA
thyrsiflorumKTR++Ventilação intensa;N
toressaeKTr+ A
transparensKTr++PenduradaN
unicum (arachnites)KTR++Manter em lugar quente no verão, no inverno frescoN
wardianumKTR++Mínima de inverno 2°CN
williamsoniiKTr++Mínima de inverno 6°CN
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
Anosmum (superbum)(T)Wr+Pendurada; mínimo de inverno 2°CP,G,Z,N
 antennatum W 0 +Com um tempo de repouso de algumas semanas, pode-se favorecer a produção de flores; Mínimo de inverno 6°C G
atroviolaeumTWr+ G
biggibum(T)WR++Ventilação intensa; durante o inverno por 2 a 3 meses completamente seca; quando os brotos tiverem de 5 a 8 cm voltar a regar; mínimo de inverno 13°CA,G
canaliculatumWR++Durante o inverno por 3 a 4 meses bem seca; necessita muita luz para florir; as raízes necessitam muito ar, por isto colocar em placa; mínimo de inverno 15°CA,G
cruentumTWr+Mínima de inverno 15°CN
 crumenatum T(W) 0 ++Floresce depois de frio intenso (colocar algumas horas em água fria ou uma noite na geladeira); mínima de inverno 13°C a 15°C N, Z, P
deareiW0*++Mínima de inverno 15°CP
discolorWr++Ventilação intensa. Mínima de inverno 15°CA, G
distichumTWr+PenduradaP
epidendropsisTWr+Ventilação intensaZ,P, Japão
eximiumTWR*+Brotos novos apodrecem facilmente pela presença de água nas folhas; por esta razão, não pulverizarG
formosum, var. grandiflorumWR++Mínima de inverno 16°CN
gouldiiW0*++ G
insigneW0*++Floresce no inverno depois de brusca queda de temperatura de uns 5°CG
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
johannisWR++Ventilação intensa; repouso seco prolongado. Mínima de inverno 15°CA,G
johnsoniaeWr*++ G
lamellatum(T)Wr+Período de repouso curto de 1 a 2 mesesN,Z,P
lasiantheraW0*+ G
leonisWO*+Mínima de inverno 15°CN,Z,P
leporinumW0*+ G
linealew0*++ G
lowiiT0*++ Z
macrophyllumW0*++ G
mirbellianumW0*++Eventualmente um curto repouso durante o invernoG,A
miyakei(T)W0*+ P
mutabileWr+ Z
pachyglossumTWr+ N
pachyphyllumTWr++ N,Z
pedunculatum    var. speciosumvar. pedunculatum W R ++Tempo de repouso prolongado (6 a 9 meses); nesse tempo conservar sob muita luz e completamente seca. A
phalaenopsisW0++Ventilação intensaA
planibulbeWr++Floresce depois de curto resfriamento de 5°CZ,P
rigidumWr++Ventilação intensaA,G
sanguinolentumWr++Curto e leve repouso no invernoZ,P
secundumKTW0*++ N,Z,P
smilliae(T)W0/r*++Mínima de inverno 15°CG,A
spectabileWr++Ventilação intensa. Mínima de inverno 13°CG
spuriumWr+Ventilação intensa; floresce depois de um brusco resfriamento de 5°C; Mínima de inverno 15°CZ,P,G
stratiodesW0++Mínima de inverno 15°CG
streblocerasW0++ Z
taurinumWR*++Mínima de inverno 15°CP
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
aberransTr*+ G
amethystoglossumKTr*+Mínima de inverno 6°C; repouso fresco 4 a 6 mesesP
bullenianumK0*+Só deixar secar pouco entre as regas.P
cuthbersoniiK0*+Cresce melhor sobre sphagnum vivo; ventilação muito intensa.G
papilioKTr*+Floresce o ano todo; Não deixar a planta  secar totalmente, mesmo na fase de repousoP
rhodostictumTr*+Mínima de inverno 10°CG
sanderaeTr*+ P
uniflorumTr*+ P,Z
 victoriae-reginae KT r* +Umidade elevada e muito ar fresco; fase de crescimento na sombra ao ar livre; na fase de repouso regar menos e não deixar esfriar muito à noite (mínimo de 8°C); No final do inverno fornecer muita luz durante 3 semanas, para estimular a florada. P
6- Considerações finais dos autores do artigo
Um artigo como este, sempre está sujeito a críticas. Um orquidófilo pode estar tendo sucesso com um método de cultivo como o acima descrito, já o outro, não.
Pode-se mencionar pelo menos duas razões para isto:
1-     Cada orquidófilo tem as suas condições próprias de cultivo; sem mencionar que nem todos cultivam orquídeas na mesma cidade ou região.
2-     Nem todas as plantas da mesma espécie são iguais; Podem ser de regiões diferentes, de altitudes diferentes ou de climas diferentes. Com isto uma determinada espécie pode ter exigências diferentes conforme a sua origem.
Então este artigo foi inútil? Naturalmente não, se levarmos em conta estes 2 fatores.
Se o orquidófilo está tendo sucesso com a sua forma de cultivo atual não deve mudá-la, uma vez que, as suas plantas já se adaptaram ao seu modo de cultivo.
Pode-se, sim, fazer experiências com plantas com as quais não se está tendo sucesso esperado. Para este caso use as vantagens das informações deste artigo proporcionou.
Bibliografia dos autores do original:
BAKER, M. L. & C.O BAKER (1996). – Orchid Species Culture-Dendrobium. – Timber Press, Portl­and, Oregon.
BECHTEL, H., P. CRIBB & E. LAUNERT (1992). – The manual of cultivated orchid species.
Bos, E.S. (2000). – Dendrobium nobile, hoe krijg ik die in bloei? – Orohideeên 1/2000, 8-10.
HAWKES, A.D. (1965). – Encyclopaedia of cultiva­ted orchids.
KENNER, G. (1998). (vertaald en bewerkt door ES. Bos). – Het kweken van Australische Den­drobiums. in: Orchideeën 6/1998, 116—118.
Orchideeën, Tijdsehrift Ned. Orch.Vereniging
SCHELPE, S. & J. STEWART (1990). – Dendrobiums, an introduction to the species in cultivation.
SCHUITEMAN, A. & E.F. de VOGEL (2001). – Orchids of New Guinea.
CD-ROM, Nationaal herbarium Nederland.
Internet
Jay’s Internet Orchid Species Encyclopedia, – www.orchidspecies.com
Phil’s Orchid Page, – www.geocities.com/orchidsnzculture
Andy’s Orchids, – www.andysorchids.com
Autores
Jan den HELD / De Wolzaklaan 6 / NL-7211 AR Eefde / Tinus STRIK / F. Boolstrat 5 / NL-7944 VZ Meppel
Observações do tradutor
Os autores, nas suas conclusões finais, foram bem claros: se um de nós está tendo sucesso com o seu modo de cultivo, deve continuar desta maneira. Lembrem-se do ditado bem conhecido de todos nós: “Em time que está vencendo não se deve mexer”.
Já se a cultura não está tendo o resultado esperado, um artigo como este pode ser de grande ajuda!
Informações sobre as condições do local de origem da planta que queremos cultivar são certamente o primeiro passo. Se esta espécie não se encontra em uma das listas deste artigo teremos que procurar em outra referência ou tentar cultivá-la como outras plantas da mesma região.
Para os orquidófilos que tem espécies de várias regiões fica naturalmente difícil satisfazer as exigências de todas as plantas. Em alguns casos, uma divisão da estufa de cultivo em várias zonas pode ser uma maneira, mas, certamente, não a mais fácil.
Já quem cultiva as plantas ao ar livre terá que procurar áreas onde o microclima seja melhor para esta ou aquela espécie. Aqueles que querem cultivar as plantas de clima quente (grupo 2) talvez tenham que estar mais atentos ao período frio da nossa região. O mesmo pode suceder ao contrário ao cultivar plantas de climas frios (grupo 3). Em dias muito quentes do nosso verão estas plantas poderão sofrer mais. Em alguns casos os autores sugerem intensificar as regas ou melhorar o sombreamento.
Alguns orquidófilos da Alemanha com quem conversei em agosto de 2006, informaram que tiveram um mês de julho totalmente atípico, com temperaturas de até 38°C, por várias semanas e, apesar de todos os cuidados, tiveram perdas em espécies de clima fresco. Algo parecido sucedeu no verão de 2003. Tenho inclusive fotos dos estragos!
Siegfried – 3.10.2006

domingo, 23 de março de 2014

Cattleya pão de açúcar x BC maikai mayume



 
BC maikai mayumi  (cruzamento de C. Bowringiana x B. nodosa) x Cattleya Pao da Acucar e não Pão de Açúcar (híbrido entre C. kerchoveana x Brabantiae e foi registrada com o nome de "C. Pao da Acucar"  pela Florália em 1992. Ela é 25% aclandiae, 25% granulosa, 25% loddigesii e 25% schilleriana.
Espero que gostem.

CURIOSIDADE: Este híbrido vegeta muito bem em Portugal, veja aqui: http://www.opensubscriber.com/message/orquidea@yahoogrupos.com.mx/6095419.html

quarta-feira, 19 de março de 2014

Gomesa ämanda"



O nome deste gênero, foi dado em homenagem a "Bernardino António Gomes", um médico e botânico português, que teve seu nome latinizado para "Bernardinus Antonius Gomesius".
É um gênero de plantas robustas ou mais delicadas com inflorescência racemosa multiflora, com flores cujos segmentos são sempre pálidos, esverdeados, esbranquiçados ou amarelados, ocasinalmente riscados de vermelho, com calos do labelo glabros ou pubescentes.
A maioria das espécies de Gomesa são muito semelhantes entre si, somente diferenciadas pela estrutura floral, e mesmo por essas algumas vezes com grande dificuldade, exceção feita à Gomesa glaziovii, que pode ser reconhecida pela planta, e poucas outras com características florais bem marcadas.
São plantas de porte médio com robustos pseudobulbos bifoliados, de perfil oblongo, lateralmente achatados, guarnecidos porBaínhas foliares na base. folhas herbáceas, oblongo-lanceoladas. O rizoma normalmente é curto, porém mais longo em algumas espécies. A inflorescência é racemosa, arqueada, repleta de pequenas flores, como já mencionamos, verdes, creme, amareladas ou alvacentas, e brota das Baínhas dos pseudobulbos.
As flores possuem sépalas de margens lisas ou crespas de forma oblongo-lanceolada, as laterais parcialmente concrescidas em algumas espécies e totalmente livres em outras, e um pouco mais compridas que a dorsal, pétalas lanceoladas, labelo mais ou menos unido à coluna, cerca do mesmo comprimento dos outros segmentos florais, sempre de perfil sinuoso com a extremidade reflexa, fortemente arcado no meio, formando um joelho, com o disco completamente glabro apresentando dois calos longitudinais.
Para saber mais, continue a leitura clicando aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gomesa

sábado, 15 de março de 2014

Cattleya sem identificação - Cattleya "guigui"







floração fevereiro 2014.

Um híbrido muito perfumado e com flores grandes que na mudança perdeu a identificação, o que não compromete sua beleza.

Nunca é demais relembrar o assunto que tanto perturba o pequeno e grande orquid[ofilo: Pragas e doenças em orquídeas por isso posto abaixo uma matéria a respeito:

DIAGNÓSTICO E CONTROLE DE DOENÇAS E PRAGAS EM ORQUÍDEAS
João Sebastião de Paula Araújo - Agrônomo UFRRJ

As orquídeas podem ser frequentemente acometidas por doenças causadas por bactérias, fungos ou vírus ou atacadas por pragas desde a fase de plântulas até a fase adulta. A vulnerabilidade da plantas às doenças e ataques de insetos está associada a fatores abióticos como temperatura, umidade excessiva aliada à uma drenagem deficiente, nutrição inadequada como, por exemplo, a adubação excessiva com nitrogênio, fitotoxicidade, captação de substrato ou salinidade alterada.
As doenças e pragas ocorrem de forma cíclica e se entendermos isso fica mais fácil de controlar. Os insetos vão e vem com periodicidade mais ou menos constante.
O sistema radicular da orquídea está sujeito à colonização por fungos de diferentes espécies e a partir daí vão se originar a maioria das doenças fúngicas. Já a infecção nos bulbos vai ocorrer mais frequentemente através de tesouras infectadas ou outros objetos cortantes infectados.Infestação por nematóides são raras de acontecer no Brasil e, portanto não há necessidade de preocupação.
Lesão por tentecoris tem um desenvolvimento característico. O inseto começa a atacar a folha a partir da base e vai até a ponta sempre pela parte inferior da mesma, pois não toleram luminosidade.  Os Ácaros, pulgões, trips e tentecoris atacam geralmente em época de seca, pois são muito leves e são eliminados muito facilmente por jatos de água ou pingo de chuva. Os pulgões na fase áptera (sem asas) são facilmente controláveis, quando adquirem asas imediatamente se afastam da planta original. O problema é que vão atacar outras plantas. Esses insetos são pouco tolerantes a luminosidade, pela presença de raios actínicos que são repelentes para o inseto que ficam com o vôo desorientado.
As orquídeas que cultivamos ficam em sistema de confinamento (vaso) e este fato repercute seriamente na predisposição das plantas ao ataque de pragas.
Frequentemente eu recebo um e-mail com uma foto e a pergunta “o que aconteceu com a minha planta?” Muito frequentemente as orquídeas são atacados por fungos aquáticos por via radicular. Estes ataques são causados por excesso de regas.
Um substrato muito problemático é a fibra de coco que é um substrato composto por fibras finas que inicialmente se apresentam muito secas. À medida que vai se degradando ele é quebrado em pequenos pedaços que são depositados no fundo do vaso formando uma camada impermeabilizante que dificulta a drenagem da água provocando o encharcamento das raízes e consequentemente facilitando o aparecimento de doenças.

O diagnóstico é feito através dos sintomas. Para identificar corretamente o agente causal é necessário que seja feita a coleta do material doente.
Este material deve ser enviado ao meu laboratório na UFFRJ onde será observado ao microscópio e será cultivado.
PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS
Antracnose - Ocorre o colapso do ápice da folha em decorrência de queimaduras de sol na folha molhada. Em seguida começam a aparecer manchas formadas por círculos concêntricos. No centro desta lesão há produção intensa de esporos que vão disseminar a doença. Deve-se remover a planta da coleção, pois esses esporos se disseminam facilmente através da regar. Remover as folhas afetadas e enterrar. Fungos que atacam a parte aérea das plantas não sobrevivem quando estão nos solo devido à concorrência de outros fungos que produzem antibióticos. Quando a doença ocorre em bulbos ou raízes estes devem ser queimados.
Mancha do fusarium - O bulbo começa a ficar retorcido, pois o fungo coloniza o xilema obstruindo o fluxo de seiva da planta e diminuindo a exsudação. São transmitidos de vaso a vaso pela bancada contaminada. A planta vai morrer. Algumas vezes isto leva alguns anos. Muitas pessoas têm a tendência de colocar essas plantas na árvore criando então um foco de disseminação da doença. Devem ser queimadas e o vaso desinfetado por imersão em hipoclorito a 10%.
Podridão de risoctonia - Controle da rega
Podridão negra - É causada por Phytophtora cactorum e Pythidium ultimum às vezes separados ou em infecção mista. São introduzidos por vasos, substrato ou água contaminada ou por drenagem deficiente. Caracteriza-se pelo aparecimento de cor negra nos bulbos e por odor desagradável. O tratamento é feito pela aplicação do fungicida Previcur.
Ferrugem - Ocorre mais frequentemente em Oncidium. Sempre na face inferior da folha com grande produção de esporos. Colocar a planta em quarentena. Remover a folha afetada e queimar. Aplicar fungicida de contato à base de cobre ou clorotalonil.
Mofo cinzento - È causada pelo fungo Botrites cineria e acomete folhas senescentes e em flores em ambientes de alta umidade. O combate é feito com Cercobim pulverizado com o botão ainda fechado para não mancha-lo.
Manchas foliares - São causadas por diversos tipos de fungos causando vários tipos de manchas. São facilmente controláveis, mas podem ser fatais para seedlins ao atingir a idade adulta a planta adquire resistência.
PRICIPAIS DOENÇAS BACTERIANAS
Podridão mole - È causada pela Erwinia carotovora ou chrysantemi e acometem principalmente phalaenopsis. A bactéria degrada cristais de pectatos de cálcio presentes nas folhas levando ao amolecimento das mesmas. A folha apresenta manchas com o aspecto de encharcada e apodrece e exalando um odor pútrido muito forte, podendo matar a planta em dois dias. Como prevenção deve-se fazer um maior espaçamento entre os vasos, fazer adubação equilibrada e rica em cálcio. Deve-se remover a folha afetada e pulverizar com sulfato de cobre ou tetraciclina que são terapias superficiais que protegerão as folhas que ainda não foram infectadas. Esta pulverização deve ser feita nas horas mais frescas do dia de preferência antes do anoitecer, pois a maior demora da evaporação da água vai permitir que  o produto fique mais tempo em contato com o patógeno e evita-se a queima pelos raios solares.
PRINCIPAIS DOENÇAS VIRÓTICAS 
Existem três doenças viróticas que acometem as orquídeas com mais freqüência.
 Vírus do Mosaico do Cymbidium (CyMV) -  Os sintomas são variáveis. A planta apresenta um padrão de mosaico em verde claro e verde escuro com riscos na ponta externa da folha e coloração escura no verso.
Vírus da mancha anelar do Odontoglossum - Manchas anelares que são muito freqüentes em Oncidium. O vírus pode ficar na semente junto ao embrião dando origem a novas plantas infectadas.
Atualmente foi produzido um kit diagnóstico capaz de identificar a infecção por essses 3 vírus. O Nome é ELISA fast & easy orchid vírus test e custa em torno de R$70,00 o teste. São tiras semelhantes a tiras de teste pH (immunostrip) que identifica os três tipos de vírus. É vendida em potes contendo 25, 50 ou 1000 tiras. Apresenta-se em um saquinho onde você coloca a folha suspeita que ficará em contato com a tira. A folha é então macerada e após alguns minutos aparecerá na tira linha(s) de precipitação correspondente ao(s) vírus responsável pela infecção.
 Vírus da Mancha da Orquídea -  Orchid fleck vírus. Muito comum em Oncidium na natureza.
A inoculação do vírus é feita de forma mecânica por objetos cortantes ou picadas de insetos. O controle é preventivo feito pela desinfecção dos instrumentos de trabalho. Pela eliminação dos insetos picadores e pela destruição da planta infectada.

INSETOS E PRAGAS MAIS FREQUENTES
Percevejos - (Miridae) Tenthecoris orchidianum é um inseto de coloração amarela e negra e causa a estigmose que é o esbranquecimento da parte da folha afetada. Esta lesão se dá pela hidrólise da celulose provocada por enzimas presentes na saliva do inseto. Prevenção é feita por vedação das laterais do orquidário com sombrite. Evitar a presença de hibisco nas imediações do orquidário.
Aplicar biofertilizantes que são produtos da fermentação anaeróbica do esterco de boi. Este biofertilizante é rico em nitrogênio e em hormônios vegetais (auxinas) que são produzidos por lactobacilos e por Bacilo subtile. Utilizar na concentração de 20%. É produzido pela PESAGO em Seropédica - RJ e também é vendido no Horto em Niteroi.
E produzido pela fermentação de esterco de boi colocado na proporção de 1/3 do volume do container, 1/3 de água e 1/3 livre. O container é fechado com uma tampa perfurada onde é introduzido um tubo fino cuja extremidade é colocada dentro de água para evitar a entrada de ar no container e permitir a saída dos gases produzidos pela fermentação. Existe o risco de explosão.
Pulgões (Aphidae) Pulgão amarelo que ataca os brotos e botões. São facilmente controlados com a aplicação de óleo mineral, pois estes insetos usam a carapaça para realizar trocas gasosas que ficarão impermeáveis com a aplicação do óleo.
Trips - Limita o trânsito internacional de plantas -  Estão associados a tecidos jovens ou a partes da planta ainda enroladas, pois não toleram luminosidade. Também provocam o esbranquecimento da folha.
 Vespas - Eurytomidae - coloniza os bulbos que intumescem.  Atacou as purpuratas da Aranda. Queimar os bulbos afetados e aplicar inseticida sistêmico nas plantas não afetadas como prevenção.
Lesmas e caracóis - Combates com iscas lesmicidas ou catação manual à noite.

Consultas através do site abaixo e preenchendo o formulário de consulta.
http://www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/herbariovirtual/consulta.php 

fonte: http://www.orquidario.org/palestras/palestra014.htm