terça-feira, 26 de março de 2013

Cattleya forbesii





Planta de fácil cultivo, gosta de umidade alta, luz abundante e boa ventilação.
A planta da foto foi fixada num tronco de árvore e em menos de 1 mês já estava enraizada, com nova brotação e floração.
A Cattleya forbesii, se bem adaptada, pode florir o ano inteiro.
Curiosidade: Quando estava no vaso e ao nível do mar, levou 4 anos para florir pela primeira vez com apenas 1 flor.
No tronco e em clima de altitude já floriu 3 vezes.

sábado, 23 de março de 2013

Odontoglossos



Foto e cultivo MGloriaM
Fevereiro/2013




Estas são orquídeas das grandes altitudes dos trópicos do Novo Mundo, florescem em locais onde a temperatura é amena durante o ano inteiro. Os Odontoglossos são conhecidos pelos seus vistosos cachos de flores. A cultura é similar para os híbridos de gêneros aliados, tais como Odontonia, Odontioda, Vuylstekeara e Wilsonara, entre outros.

Apreciam bastante luminosidade e temperaturas baixas. Se as temperaturas dos dias de verão forem altas, podem reduzir-se os níveis de luz para arrefecer a área de cultivo. Apesar de não serem na generalidade boas plantas de interior, principalmente se a casa for quente, podem vingar numa janela virada a este, ou numa janela a sul com sombra; na maioria dos climas. A exposição a oeste é geralmente demasiado quente.
Podem ser tolerados pequenos períodos de temperaturas diurnas mais elevadas, principalmente se a umidade e circulação do ar estiverem a níveis ótimos.
A frequência de rega deve ser alta, e o substrato deve ter uma drenagem perfeita. O substrato deve apenas começar a secar antes da rega, o que pode significar regas a cada dois a sete dias, consoante a meteorologia, tamanho e material do vaso e tipo de substrato. Folhas que nascem enrugadas são um sintoma de água ou umidade insuficientes. Tal como outras orquídeas de zonas de precipitação elevada, os odontoglossos são particularmente sensíveis à falta de qualidade da água, que levará ao enfraquecimento das raízes e provocará queimaduras nas pontas das folhas.
A umidade deverá situar-se idealmente entre os 40% e os 80%, aliada a uma boa circulação do ar. A refrigeração através da evaporação numa estufa aumenta a umidade e refresca o ar, sendo por isso altamente recomendada para estas orquídeas na maior parte dos climas. O uso de nebulizadores, assim como umedecer o chão com água, ajudarão a manter a temperatura fresca e a umidade alta. No interior, colocar as plantas em tabuleiros com cascalho umedecido, colocando os vasos acima do nível da água.
O fertilizante deve ser aplicado regularmente em doses diluídas enquanto a planta está em crescimento ativo. Pode ser usada uma fórmula 20-20-20, duas vezes por mês. Se o tempo se mantiver enevoado, uma aplicação mensal será suficiente.
O novo envasamento deve ser feito quando os novos rebentos estão a meio da maturação, o que acontece geralmente na primavera ou outono. Estas plantas gostam de estar apertadas nos vasos, devendo por isso escolher-se um vaso que permita apenas espaço para o crescimento de um ano ou dois. O uso de vasos pequenos também obrigará às regas frequentes que estas plantas apreciam, pois o substrato secará mais rapidamente e de forma mais homogênea se houver concentração de raízes. É necessário utilizar um substrato fino com drenagem excelente; como o substrato se mantém sempre úmido, o reenvasamento anual ou bianual é normal. Espalhar as raízes sobre um cone de substrato e distribuí-lo à volta das raízes, adicionando mais substrato. Calcar com firmeza à volta das raízes. Manter a unidade elevada e o substrato seco até à formação de raízes novas.

fonte:http://www.plantasonya.com.br/orquideas-e-bromelias/odontoglossum.html

quarta-feira, 13 de março de 2013

Cattleya pão de açucar





 




Foto cultivo MGloriaM
Floração março/2013

 
CATTLEYA PÃO DE AÇÚCAR (CRUZEIRO DO SUL x CATTLEYA BRABANTIE)
Este ano ela surpreendeu cinco flores em uma única haste., agora acontanhe nos anos anteriores:

Em 2011 a floração foi assim:


Em 2012 melhorou consideravelmente:

Informações sobre a planta:
 
Cattleya brabantie - híbrido formado pela Cattleya loddigesii, originária dos estados do sudeste do Brasil (Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo) e também da Argentina e Paraguai. A Cattleya acclandiae (ou acklandiae) é endêmica para o estado da Bahia, onde vegeta próximo ao mar.
Cattleya Cruzeiro do sul - cruzamento entre Cattleya Kerchoveana (Cattleya granulosa Lindl. x Cattleya schilleriana Rchb) com Lc. Kerry.
 
...............................
Informações do Exemplar da foto:
1) Adquirido no orquidário oriental em agosto de 2011, quando floriu pela primeira vez.

Segundo o Orquidário ela é um meristema (Clone selecionado do cruzamento entre Cattleya brabantiae com C. Cruzeiro do Sul)
 
Clima: Intermediário - 10°c a 18°c
Epífita – Vive sobre árvores, se adaptam em vasos.
Luminosidade: 50% sombreamento
Tamanho da flor: Média (até 10 cm.)
Floração: fim do inverno/ início da primavera.
Duração da flor: Até 15 dias.
Substrato: Sfagnum, fibra de côco, pinus e carvão.
Vaso: Plástico, barro
 
Muito Perfumada

2) CULTIVO:

Em setembro de 2011, após a floração, o exemplar foi transferido para região de altitude (Serra), cujo clima é bastante úmido com temperatura variando entre 9º a 22ºC.
A adubação utilizada foi bastante simples, osmocote e Viagra da AOSP, de resto, sereno e chuva.
Observei que ela se desenvolveu muito bem, em relação a 2011, inclusive abrindo nova frente que aparentemente deve florir também.
 
 

 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Adubaçao Orgânica


Adubação orgânica: BOKASHI ou KENKI BOKASHI  para nossas orquídeas?




Foto e cultivo de MGloriaM
adubação orgânica

Algum tempo venho usando com sucesso um adubo orgânico com nome de Kenki, resolvi pesquisar e encontrei um excelente material sobre ele, inclusive a receita do tradicional bokashi e a do Kenki. no FÓRUM PIMENTAS.ORG, excelente discussão sobre o assunto, onde o administrador Chillibrain (apelido…claro! algo tipo “cérebro de pimenta”…) publicou duas excelentes receitas de fermentação aeróbica, complementadas por Neco Torquato com uma anaeróbica, e pra arrematar, o visitante do fórum Lucas Wallace forneceu a receita do composto de microorganismos (inoculante) que agem no bokashi, conhecida como EM-4.
Parabenizo aqui os três e demais visitantes do espaço virtual deles somando outras informações dividindo seus conhecimentos e possibilitando que outros internautas melhorem seus cultivares na agricultura – inclusive o público orquidófilo. Observa-se que as receitas apresentadas são direcionadas a cultivares agrícolas, e que poderão ser utilizadas na adubação orgânica de nossos orquidários. Existe uma versão diferente onde é acrescentado farelo ou farinha de peixe. Querendo saber mais e até tirar dúvidas, abaixo constam os endereços eletrônicos dos sites do Chillibrain e Neco Torquato. Em breve experimentarei fazer tais adubos orgânicos, usando-os em algumas orquídeas para teste, apesar de saber que o bokashi já é utilizado por vários orquidófilos com variações na fórmula, comparadas com essas aqui apresentadas. Observem que quando usamos adubos orgânicos, devemos evitar uso de inseticidas e pesticidas, pois tais venenos interferem no resultado final já que podem destruir os microorganismos existentes no inoculante!

Bokashi (nitrogenado)

– por Chillibrain no website https://www.pimentas.org/forum (é https mesmo).

Torta de mamona – 50kg

Farelo de (peixe, soja ou algodão) – 50 kg

Farelo de osso – 50kg

Esterco de aves seco – 100 kg

Farelo de (arroz ou trigo) – 15 kg

Maisena – 1 kg

Solo virgem – 250kgInoculante (EM) – 1/2 kg a 2 kg (EM = Efective Microorganism = lacto bacilus, trichoderma, levedura, aspergilus e actinomicetos)

Açucar mascavo ou melaço – 1kg

Bokashi (fosforado)

Solo virgem – 400kg
Esterco de Aves – 40kg
Farelo de ossos – 120kg
Farelo de (arroz ou trigo) – 15kg
Maisena – 1kg
Inoculante EM – 1/2 a 2kg
Açucar mascavo ou melaço – 1kg

Para menores proporções só dividir tudo pelo mesmo número.

Procedimento:
1) Sobre a terra virgem esparramar os ingredientes (cada um por vez) e misturar bem;
2) Aspergir água durante o processo de mistura para evitar pó;
3) Distribuir os inoculantes, durante o processo de homogeneização da mistura;
4) Após 3 dias fazer a 1ª revirada. Caso a temperatura da mistura ultrapasse 50º C faça a revirada antes;
5) Revirar diariamente na 1ª semana – (após a 1ª revirada ou 3 dias após início);
6) Após uma semana esparramar a mistura para facilitar o secamento;
7) Uma vez seca, a mistura está pronta para o uso.
Uso:
1) Covas: mudas de hortaliças: um punhado
2)Canteiros: um punhado
3)Como adubo complementar: 300kg/1000m2
A água deve ser limpa e isenta de, se possível, de bactericidas; a quantidade de água deve ser em torno de 30%.
O produto deve ser utilizado em um período máximo de 6 meses.

KENKI BOKASHI

- por Neco Torquato do blog: http://mungoverde.blogspot.com
“Existem dois tipos de Bokashi, o conhecido pelo mesmo nome que é de fermentação aeróbica, igual as fórmulas que o Chillibrain passou, e o Kenki Bokashi, que é o de fermentação anaeróbica. Os dois tipos servem para a mesma coisa, melhorar as condições físicas, biológicas e químicas do solo.

Eu uso uma fórmula de KENKI BOKASHI, que tem a única vantagem sobre o BOKASHI de não precisar ficar revirando a mistura (passos 4 e 5 dos procedimentos do Chillibrain).

Geralmente faço em um barril de 60 lts e adaptei essa fórmula para um amigo fazer em uma balde de 10 lts:

Materiais:
- 1 balde de 10lts com tampa (ou um recipiente equivalente que possa ser bem tampado);
- 1 saco plástico (eu uso de lixo preto de 30lts para o balde de 10lts e de 100lts para o barril de 60lts);

Produtos:
4,5 kg de farelo de arroz (ou trigo, soja, etc… ou ainda um mix destes), 1 kg de torta de mamona, 0,6 kg de farinha de osso, 0,5 kg de cinza de madeira, 0,5 kg de palha de arroz ou casca de café, 1 lt de solução EM-4 ativado (980 ml de água de nascente/mina, 10 ml de EM-4 e 10 g de açúcar)

Procedimentos:
1 – Misture bem os ingredientes secos (farelo, torta, farinha, cinza e palha);
2 – Acrescente a solução de EM-4 até os ingredientes ficarem bem umedecidos. Este preparado deve ter um teor de umidade que, ao formar um bolinho da mistura na mão e aperta-lo entre os dedos, sua consistência se mantenha mesmo depois de aberta a mão;
3 – Coloque um saco plástico sem nenhum furo dentro do balde de 10 lts;
4 – Despeje a mistura preparada dentro do balde forrado e compacte o mais que puder;
5 – Feche o saco plástico de modo que não entre ar na mistura. Preencha o espaço entre o saco plástico e a boca do balde com farelo de arroz e então feche a tampa do balde. ATENÇÃO – É aqui que mora o segredo do Kenki Bokashi: A temperatura da fermentação anaeróbica não ira passar dos 50ºC. Para que ela ocorra perfeitamente não deve sobrar nenhum espaço com ar dentro do saco/balde. Qualquer abertura que possibilite a entrada de ar, resultará em má fermentação da mistura e elevação da temperatura que poderá passar dos 50ºC;
6 – Acondicione o balde em um local fresco e seco por um período de 15 a 20 dias;
7 – Após esse prazo, abra o balde e o saco plástico e se exalar:
a) um cheiro agridoce, a fermentação ocorreu com sucesso e o produto pode ser usado imeditamente.
b) um cheiro fétido e nada agradável, provavelmente você não compactou direito a mistura ou deixou entrar ar durante a fermentação. Nesse caso a mistura deve ser descartada.
8 – O Kenki Bokashi deve ser usado imediatamente, ou seco na sombra, para que não entre em processo de fermentaçãp aeróbica com elevação de temperatura. O kenki bokashi seco, assim como o bokashi, devem ser armazenados por, no máximo, 6 meses.

O kenki bokashi eu uso no preparo do solo/canteiros e nos berços (cova é para defunto). Uso também misturado a matéria orgânica que coloco no meu minhocário e jogo sempre um pouco na composteira pois ajuda na degradação da matéria orgânica e diminui muito o cheiro do composto.

Após pronto os canteiros da horta, rego com uma solução de EM-4 ativado + água a 1:300, deixo descançar por uma semana e planto as hortaliças. Já para os berços das árvores, após preparados, rego com a mesma solução de EM-4 a 1:500, deixo descançar p/ 3 meses e, uma semana antes do plantio da semente ou transplante das mudas, rego novamente com uma solução á 1:1000.

Tanto para hortaliças, como para as árvores, uso a mesma solução de EM-4 a 1:1000 e faço pulverizações foliares quinzenais, misturado com biofertilizante. Se tiver um solo com a estrutura ruim e/ou notar que a saúde das plantas não vai bem, pode fazer pulverizações semanais até você notar uma melhor, então você volta a pulverizar quinzenalmente.”

No preparo do EM-5, abaixo descrito, Neco tem uma fórmula própria que foi melhorada com dicas de um amigo virtual, usando outros ingredientes, ampliando a performance do inoculante. Para saber dessa fórmula atualizada clique AQUI.

RECEITA DO EM-4

- por Lucas Wallace no fórum do “Pimentas.org”

“O inoculante EM-4 é um preparado de microorganismos que aceleram o processo de compostagem.
Trata-se de consórcio de microorganismos, é um inóculo importado do Japão pela Fundação Mokiti Okada. Entre os microorganismos você encontra Bacillus e outros, sua concentração gira em torno de 10 na 4, UFC, baixa considerando os diversos produtos do mercado, a utilização de melaço de cana é comum para sua inoculação pois, uma vez inoculado há reprodução dos microorganismos o melaço funciona como substrato para esta reprodução. Primeiro tem que fazer uma panelada de arroz bem papa, e lembre-se de não usar água com cloro. Depois pegue um gomo inteiro de bambu e rache-o ao meio, formando duas canoas. Encha as duas canoas de bambu com o arroz cozido e una novamente as duas e amarre-as. Aí que vem a parte mais complicada, procurar ao redor de algum bambuzeiro aquele fungo branco que se forma nas folhas de bambu, em seguida enterrar o gomo de bambu com o arroz cozido papa revestido com a folha contendo o fungo branco E aí é esperar algum tempo até o fungo tomar conta do arroz do bambu. Depois adicione o arroz do bambu em aproximadamente 10 litros de água e espere ativar.

(RECEITA CASEIRA DO MESMO)
1-cozinha-se 700 gr de arroz sem óleo e sem sal.
2.enterra-se a vasilha com o arroz cozido em uma mata ou ambiente bem preservado e espere de 4 a 7 dias.
3.desenterre a vasilha e separe os mofos(fungos) de cores escuras e jogue-os fora.
4. o restante de cores claras e vivas misture com 9 litros de água + 1 litro de melado ou 1 kg de rapadura. Tampe e aguarde + 7 dias.
Esta pronto o EM 4. Se voce colocar yakult ou iogurte natural você terá o EM5.
Encontrei essa receita na comunidade Agricultura orgânica, ISSO PODE ACELERAR A RECUPERAÇÃO DE UM SOLO DEGRADADO REVERTENDO UM DESEQUILÍBRIO BIOLÓGICO. Abraço, Lucas Wallace.”

Finalizando, observamos que a adubação orgânica é ideal para revertermos o quadro de degradação do solo recuperando e corrigindo problemas de acides e deficiências de macro e micro elementos, interagindo na prevenção de pragas e doenças nas plantas, sem que seja necessário para isso uso excessivo de fertilizantes químicos industriais ou venenos organo-fosforados dentre outros. A Natureza agradece quando praticamos cultivo orgânico! Vamos abraçar essa idéia!