sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Laelia x adrienne






Floração Junho 2013
Adquirida na Exp.Museu da República
Orq. Binot

A Laelia Adrienne é considerada um híbrido primário natural, resultante do cruzamento entre Laelia pumila e Laelia jongheana. É primário porque envolve apenas duas espécies. E é natural porque esta miscigenação ocorre de forma espontânea no habitat destas orquídeas, sem a interferência do homem.

Tanto a Laelia jongheana quanto a Laelia pumila são plantas de clima de altitude.

Deixo para leitura o texto abaixo:

Pairando sobre as florestas úmidas de Minas Gerais, entre as brumas de um reino intocado, vivia uma orquídea de rara beleza, a Laelia jongheana. Seus atributos despertaram a cobiça de caçadores, que passaram a capturá-la impiedosamente, a ponto de colocá-la sob risco de extinção. Hoje, a ocorrência desta orquídea na natureza é extremamente rara e restrita. Além disso, esta grande dama das orquídeas é bastante exigente e temperamental quando cultivada 'em cativeiro'.

Na circunvizinhança desta nobre orquídea, vivia a Laelia pumila. Apresentando porte e flores menores, fácil cultivo e ocorrência abrangente, esta mini orquídea não pertencia à l'honorabile società. Talvez graças a isso, não corra hoje o risco de desaparecer do mapa.

Eis que um belo dia, rainha e plebeu encontraram-se. Não houve a interferência do homem, foi algo absolutamente natural, fruto da ação de insetos polinizadores, à guisa de cupidos, que costumavam visitar ambas as orquídeas. Nasceu deste relacionamento a Laelia Adrienne, apropriadamente batizada com nome de princesa. Não que eu conheça alguma com esta alcunha. Por ser um híbrido natural, esta miniatura costuma ser descrita com um 'x' no nome, Laelia x Adrienne. O que não tira o glamour desta bela orquídea, genuína obra de arte produzida pela natureza.

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